HELENA GONÇALVES
 
 
 
 

Passo
pela
porta
torta
tento
tanto
tento
tudo
tenho
nada
 
 
 
 
 
 

LIMIAR

Me enrosco
e caio plácida
no espasmo
de um momento plasmático
e hoje é pasmo
me desenrosco esplêndida
e escancaro
o coração e a casa
num poema
que desentala
a contragosto
a dor que cala
o limiar transposto.
Está feito o poema
ele é meu rosto.
E basta !
 
 
 
 

Voltar